Uma ideia de negócio. Eu gostava de abrir no Rio de Janeiro, junto à praia de Ipanema, uma barraquinha que vendia palavras portuguesas. Portuguesas de Portugal. Por meio real, você poderia saber o que significa ‘fiambre’, ‘talho’, ‘guarda-redes’, ‘fixe’ ou ‘autocarro’ deste lado do Atlântico. Eu explicava o que era uma ‘chávena’ e um ‘comboio’. Falava que ‘puto’ aqui em Lisboa não é xingamento e que, nos aviões, uma aeromoça é uma ‘hospedeira’. Eu acho que também ia ter receitas de comida. Uns papelinhos com a receita de arroz de polvo, leite creme e dos jaquinzinhos. Mas, essas eu não vendia não. Trocava por quem me trouxesse uma água de coco ou um chope fresquinho.
(Imagem: Pôr-do-sol em Ipanema na National Geographic)