A empresa moderna abraçou a ideia de brainstorming, que parece muito fixe, até porque tem um nome inglês. Na realidade, muitas vezes o brainstorming tem muito de storm e pouco de brain. A ideia de que várias pessoas de áreas diferentes, partindo de conceitos vagos, podem chegar a uma ideia eficaz, coerente e rentável é – como direi? – um pouco disparatada. As boas ideias requerem concentração e muita pesquisa. Claro que, uma vez formadas, beneficiam de inputs de outras pessoas. Mas, lá está, para que haja inputs, é preciso primeiro haver ideias. Com pés e cabeça. Pensadas na tranquilidade da nossa mente. “Silva, gostei da sua ideia. Vamos agora avaliar a sua exequibilidade”. O que se segue a isto? Uma outra reunião para avaliar a exequibilidade da tal ideia. Confuso e pouco produtivo. É a chamada pescadinha de rabo na boca. Já sabem, digam não ao brainstorming. Abracem esta causa.
(Vídeo: Como seria uma ‘conference call’ cara a cara?)